Como é bom! Mais que delícia! Tô na boa! Deixa pra lá! Depois a gente vê! Agora não dá! assim como tantas outras expressões, esses exemplos trazem consigo um princípio de letargia inebriante que nos faz manter as coisas como são, sem nos importarmos em questioná-las.
Essa postura existencial é resultante de escolhas incompatíveis para quem tem o propósito de conquistar algo que não se deixe levar pela preguiça física ou mental e/ou o conformismo.
O mundo aí fora traz consigo oportunidades por traz de tantas situações que nos desestimulam a iniciativa de transformar por acharmos que não vale a pena tentar ou se expor. É uma roda vida, vivida por muitos a partir do despertar do dia, tendo acesso as noticias dos meios de comunicação que somente nos informam sobre as maselas da esquerda e sobre a moralidade passiva da direita. Não estou aqui fazendo apologia a partidos e correntes políticas.
As pessoas que se deixam impactar pelas situações que acabo de citar param e se permitem levar pela referência musical do “Deixa a Vida me levar, Vida leva eu!”.
Evitam o risco e a prontidão que ela traz consigo. Não existe a coragem para empreender o novo e ficam tentando dissimular a realidade para soluções que estão no fundo do baú e que hoje, não têm mais sentido. Ficaram pelo decurso de prazo.
Vou dar um exemplo que talvez muitos não concordem mas é a pura verdade se canalizada para a direita. Vejamos a família tradicional, aquela que fomos habituados e cuja educação, hoje em dia, vem sendo enfraquecida.
Criamos os nossos filhos dentro da moral, do socialmente aceitável, evitamos dar um puxãozinho de orelha ou umas palmadinhas obedecendo a moderna psicologia, oferecemos tudo, ou quase tudo que podemos sob o pretexto do melhor conforto do bem estar e, por aí vai.
Fazendo a nossa parte com tudo isso, muitos dos nosso filhos se acomodam pela falta de iniciativa da conquista “per si” tendo uma noção errada do que seja realmente a vida. Acham que tudo será fácil como sempre foi - “… eu quero eu tenho”. Acostumam-se pela Lei do Menor Esforço.
Vamos nos voltar agora para aqueles considerados à margem da sociedade, mas sem me permitir generalizar. Nada na vida destes é fácil. Muitos, para conquistar o que desejam de forma adequada, necessitariam de uma estrutura familiar diferente daquela a que estão ou foram acostumados. Sendo desprovidos de tais valores familiares, lançam-se à busca da conquista por meios cujo risco está e esteve sempre presente.
Este risco exige que se tenha um sentido de propriedade ímpar e, desistir, não é uma opção. Encara-se de frente a possibilidade do fracasso indo até as últimas consequências. Associa-se a essa predisposição um planejamento sem preciosismo mas fruto do ato deliberado de pensar estrategicamente para agir, de se avaliar os riscos envolvidos e, principalmente, de imbuir-se da coragem necessária para ir em frente a despeito do que possa acontecer e do que possam os outros pensar.
Isso não faz parte da Lei do Menor Esforço. Isso se chama EMPREENDEDORISMO.
Empreendedorismo, que possibilita enxergar as oportunidades que citei no começo desse artigo, tão indispensável para lidar com o momento que estamos esteja ele na família, na sociedade, nas escolas, nas empresas e na sábia natureza que nunca nos dá como exemplo nos orientar pela Lei do Menor Esforço.
Nós educadores deveríamos fazer uma revisão de nossos referenciais e metodologias a partir de um estudo profundo dos da esquerda ajudando-os à direita e, aproveitando tudo de bom que estes possuem, para que possamos educar, cada vez melhor, os da direita.
Convido a todos a sairem da caixinha tão confortável e fazer algo para que o seu entorno evolua.
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